Folguedos e danças populares

Presente em todo território brasileiro os folguedos são conhecidos através de suas danças coreografadas e musicas ritmada pelo batuque. Com a riqueza e diversidade cultural os folguedos estão presentes nas festas religiosas:  católica / cultos africanos, e também nas tradições folclóricas.

Ao longo dos anos vem incorporando novas coreografias e vestimentas devido às mudanças culturais. Você está curioso para saber 3 tipos de folguedos presente no Brasil? Vamos lá.

– Congadas

Tem como origem na era colonial, durante a segunda metade do século XVII, apresentando elementos religiosos e culturais africanos a congada é marcada por danças, músicas. É uma dança afro-brasileira e realizada em vários estados brasileiros, porém é mais forte nos estados de Minas Ferais, Paraíba, São Paulo, Pernambuco e Paraná.

A congada tem uma forte ligação com as festas católicas, tendo como seu padroeiro o santo São Benedito e homenageando outros santos. A maioria das vezes o desfile da congada termina em frente de uma igreja católica.

Normalmente a frente do cortejo levam bandeiras e estandartes com o nome do grupo ou imagens de santos católicos.

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Durante a encenação o conjunto é formado por violões, violas, reco-recos, atabaques, sanfonas e cavaquinhos que encenam a coroação dos antigos reis africanos do Congo. Os membros normalmente usam roupas brancas com fitas coloridas e todos sem distinção de gênero e idade costumam participar.

– Maculelê

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Não se sabe ao certo de onde é a origem do Maculelê, uns dizem que é uma mistura dos indígenas com africanos e outros falam que é uma invenção dos escravos no Brasil, assim como a capoeira.

É uma mistura de dança, luta e jogo de bastões, feita por homens. Os bastões são batidos uns nos outros em ritmo intenso e compassado, as músicas tocadas durante a apresentação são executadas com atabaques, pandeiros e violas.

Atualmente, essa cultura é preservada por grupos de capoeira, que inseriram a dança e sua historia em apresentações nas trocas de corda (batizados). Os membros do grupo(Homens e Mulheres) se vestem de saia de sisal, sem camisa e com pinturas pelo corpo representando a história do maculelê.

A lenda da qual teria surgido o maculelê também tem várias versões. Em uma delas conta-se que Maculelê era um negro fugido que tinha doença de pele. Ele foi acolhido por uma tribo indígena e cuidado por eles, mas ainda assim não podia realizar todas as atividades com o grupo, por não ser um índio. Certa vez Maculelê foi deixado sozinho na aldeia, quando toda a tribo saiu para caçar. Eis que uma tribo rival aparece para dominar o local. Maculelê, usando dois bastões, lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo.

Outra lenda fala do guerreiro indígena Maculelê, um índio preguiçoso e que não fazia nada certo; por esta razão, os demais homens da tribo saíam em busca de alimento e deixavam-no na tribo com as mulheres, os idosos e as crianças. Uma tribo rival ataca, aproveitando-se da ausência dos caçadores. Para defender a sua tribo, armado apenas com dois bastões já que os demais índios da sua tribo haviam levado todas as armas para caçar, enfrentar e matar os invasores da tribo inimiga, morrendo pelas feridas do combate. Maculelê passa a ser o herói da tribo e sua técnica reverenciada.

– Cavalhadas

Este folguedo é típico nas regiões Sudeste e Centro – oeste do Brasil, é uma espécie de dança dramatizada que representa a luta entre os muçulmanos e cristãos.

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Esta representação se realiza com os cristãos vestido de azul e branco e os muçulmanos de vermelho e não é permitido mostrar o rosto dos cavalheiros, roupas enfeitadas representando os trajes da idade média e seus cavalos também ricamente trajados.

Considerado o folguedo mais famoso da região Centro-Oeste, a Cavalhada de Pirenópolis, que começou em 1819, acontece durante as festas do Divino, junto com a festa de Pentecostes.

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